A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) entrou com um processo contra a Petrobras, denunciando a estatal na na Superintendência-Geral da Comissão de Valores Mobiliários (SGE-CVM). Na denúncia, acusa a petroleira de causar prejuízo aos acionistas.
Segundo informações públicas no site da CVM, no processo de nº 19957.007920/2018-15, a entidade que representa os importadores acusa a Petrobras de mentir em fato relevante ao mercado, ao divulgar que não praticaria preços abaixo do padrão internacional. No entanto, de acordo com a denúncia, a petroleira teria praticado preços sem conformidade com o mercado global para prejudicar a concorrência, causando um prejuízo de R$ 1,8 bilhão aos acionistas.
Procurada pela reportagem, a Petrobras reafirmou os termos da sua política de preços de diesel e gasolina e informou que é “absolutamente improcedente qualquer acusação de prática de preços inferiores à paridade internacional”.
Conforme a nota da estatal, “cumpre ressaltar que os preços de diesel praticados a partir de junho de 2018 preveem complemento oriundo do programa governamental de subvenção de econômica, condição essa aplicável a qualquer agente que tenha aderido ao referido programa, que no caso da Petrobras gera resultados aderentes ao esperado pela política de preços vigente”.

A companhia considera positiva e desejável a presença de outros agentes no atendimento ao mercado brasileiro de combustíveis, mas observou que “alegações de práticas de preços supostamente inferiores à paridade internacional devem ser vistas com cautela, na medida em que podem abarcar operações ineficientes com evidente prejuízo ao bom funcionamento do mercado”. Procurada, a Abicom ainda não respondeu ao Correio.

Leilão

A Pré-Sal Petróleo habilitou, nesta segunda-feira (27/08), a participação de quatro companhias de petróleo no 2º leilão de Petróleo da União. São elas: Shell Brasil, Total E&P Brasil, Repsol Sinopec e Petrobras. O leilão será realizado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), em 31 de agosto, às 12h.

Serão ofertados contratos de compra e venda de petróleo oriundos da Área de Desenvolvimento de Mero e dos campos de Lula e Sapinhoá. Os lotes serão ofertados individualmente e poderão ser adquiridos para contratos de 36 meses ou 12 meses. Em três anos, os contratos somam um total de 14,4 milhões de barris de petróleo.