A Abicom – Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis – publica nota sobre a defasagem entre o Preço de Paridade Internacional (PPI) e o Preço Doméstico, acentuada pela elevação dos preços internacionais desde o final de dezembro/2018 e a valorização do real frente ao dólar. Conheça abaixo a íntegra da nota:

 

Nota Abicom 001/2019

A elevação dos preços internacionais desde o final de dezembro/2018 e a valorização do real frente ao dólar vêm acentuando a defasagem entre o Preço de Paridade Internacional (PPI) e o Preço Doméstico.

Para o óleo diesel, no acumulado do mês de fevereiro até dia 20/02 (considerando metodologia de análise na data “d-2”), o PPI variou R$ 0,1465 por litro, enquanto o reajuste médio do produtor interno foi de R$ 0,0307/L. Para a gasolina, mesmo com o reajuste considerado para hoje, o PPI desde o dia 01/02 variou 17% e a correção do preço doméstico foi de apenas 7% no mesmo período.

Considerando que o Brasil é dependente da importação de combustíveis para complementar a oferta e atender a demanda interna, fornecedores de combustíveis não podem estar desobrigados de seguir as variações nas cotações internacionais, pois estão inseridos neste mercado global.

Experiências anteriores reforçam a necessidade de que o Brasil se adeque à dinâmica internacional de precificação de combustíveis, em linha com as cotações negociadas nos mercados futuros. É necessário compreender que são mercados líquidos, com preços altamente voláteis e, acima disso, muito sujeitos ao contexto geopolítico.

O sistema de precificação com base no mercado internacional é necessário para dar previsibilidade e segurança à realização de investimentos. Caso contrário, as empresas e os consumidores brasileiros continuarão atrelados ao monopólio no refino e comercialização de derivados do petróleo.