NOTA DE POSICIONAMENTO

Reforma Tributária Aprovada no Senado Federal

A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS IMPORTADORES DE COMBUSTÍVEIS – Abicom, uma instituição que representa 10 agentes importadores, e que tem como principal objetivo promover o desenvolvimento do setor de combustíveis líquidos no Brasil, com foco na expansão e garantia do abastecimento nacional, fomentando a livre concorrência e incentivando investimentos. Por meio desta nota, reconhece que o Brasil deve avançar na consolidação de uma Reforma Tributária (PEC 45/2019) que através de um sistema tributário racional e moderno gere estabilidade fiscal a economia brasileira.

Consideramos de suma importância o avanço da Reforma Tributária para construção de um ambiente de negócios mais competitivo e menos complexo. No texto apresentado pelo relator Senador Eduardo Braga (MDB/AM) e aprovado no Senado Federal no dia 09/11/2023 que segue para Câmara dos Deputados, pontuamos:

  1. Imposto Seletivo

Destacamos que os combustíveis líquidos já estão inseridos em um dos setores mais taxados da economia brasileira, hoje aproximadamente 17 % do preço do óleo diesel e 33 % do preço da gasolina pagos pelos consumidores ao abastecerem os seus veículos já são impostos federais e estaduais, a criação e implementação de um novo imposto que incidirá sobre o petróleo, seus derivados e o gás natural tem o potencial de majorar ainda mais os valores dos combustíveis uma vez que esse será acumulativo na cadeia trazendo consigo impactos diretos na inflação.

  1. Consolidação da Monofasia

Através da Lei Complementar 192/2022 passou a vigorar no Brasil para o óleo diesel e para gasolina o regime monofásico com alíquotas ad rem, uniformes e definidas pelos CONFAZ, para todo o país na cobrança do ICMS. Essa mudança trouxe consigo: eficácia tributária, melhoria nos fluxos logísticos, simplificação das operações, previsibilidade, ajuda na fiscalização e no combate a fraudes. O texto encaminhado para a Câmara consolida esse modelo, o qual entendemos como o mais adequado para um ambiente mais saudável e competitivo.

  1. Dicotomia Tributária

O caminho para transição energética brasileira será através do amplo fomento ao uso de biocombustíveis, trazendo novos e modernos biocombustíveis com competitividade para compor a nossa matriz de transportes, estruturando toda sua cadeia de produção com a geração de emprego e renda. Não será a imposição de impostos sobre os combustíveis fósseis que acelerará a nossa transição energética onde, nesse aspecto, caminhamos para uma dicotomia que em uma ponta se deseja taxar os combustíveis fósseis e na outra visa-se subsidiá-los para reduzir o seu impacto inflacionário.

Assim é urgente que o Brasil avence na sua Reforma Tributária (PEC 45/2019) buscando a sua simplificação, trazendo segurança jurídica e regulatória, pesando que não há mais espaço para o consumidor brasileiro arcar com mais impostos e que os avanços da Lei Complementar 192/2020 devam ser consolidados.

 

Rio de Janeiro, 09 de novembro de 2023

Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom)