Segundo a Abicom, a prática de reajuste da Petrobras afasta os investidores e favorece a perpetuação do monopólio no refino e a concentração no canal de distribuição de combustíveis

André Ramalho, Valor

 

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgou nota, nesta terça-feira (13), informando que a Petrobras está praticando preços abaixo da paridade internacional para a gasolina, mesmo após os reajustes mais recentes. No sábado, a estatal aumentou em 5% o preço médio do diesel e em 4%, o da gasolina.

Com os reajustes, o preço médio da Petrobras, nas refinarias, acumula uma queda de 5,3% para a gasolina e de 24,3% no caso do diesel em 2020.

“Nos polos onde existe concorrência na importação, a prática de preços abaixo da paridade internacional pode ser caracterizada como abuso de poder de mercado, o que, no contexto brasileiro, resulta em predação pela Petrobras de seus únicos concorrentes, os importadores… No momento em que se faz necessária a criação de um ambiente de negócio que e estimule a realização de investimentos, esta prática afasta os investidores e favorece a perpetuação do monopólio no refino e a concentração no canal de distribuição de combustíveis”, destaca a Abicom, na nota.

 

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