Abicom alerta que Petrobras não está seguindo a paridade de importação diante da elevação dos preços da gasolina e do diesel no mercado internacional.
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RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Petrobras completou mais de 50 dias sem reajustar a gasolina em suas refinarias, apesar de um aumento nos preços internacionais do combustível, o que implica em uma defasagem que afeta importadores, disse uma associação do setor.
O último reajuste da gasolina ocorreu em 27 de setembro e, desde então, o produto está com o preço médio congelado no maior nível em mais de cinco meses, a 1,7935 real por litro.
O atual preço da gasolina praticado nas refinarias é o maior desde 10 de junho, quando o combustível fóssil atingiu cerca de 1,814 real por litro.
A ausência de reajustes é considerada crítica pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), que apontou uma elevação de 6% no preço da gasolina no mercado internacional desde o último ajuste feito pela Petrobras.
Já o diesel – combustível mais comercializado do Brasil – está estável em 2,1927 reais por litro nas refinarias da Petrobras desde 1º de novembro.
“Com o avanço do câmbio e preços da commodity, o custo do produto teve alta 4,4%… Apesar da expectativa de atualização nos preços domésticos ainda na última sexta-feira, estes foram mantidos. Ajuste necessário da ordem de 0,10 real/litro”, disse a Abicom, em nota.
Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.
A empresa tem reiterado que sua política de preços para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras segue a paridade de importação, formada pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias.
O repasse dos preços nas refinarias para os consumidores finais, nos postos, depende de uma série de questões, como as margens da distribuição e revenda, incidência de impostos e mistura de biocombustíveis.
(Por Marta Nogueira; edição de Roberto Samora)
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